Sua apresentação deu errado. O teste de campo foi um fracasso. Você perdeu a venda. As coisas não correram do jeito que você tinha imaginado.

A falha pode gerar uma variedade de reações: decepção, medo, insegurança. Mas será que pode ser algo também para comemorar?

Neste artigo, cinco membros da equipe da Weir ESCO compartilham como a mentalidade de "fail fast" os ajudou a superar o medo de errar, valorizar o aprendizado que vem da experimentação e recomeçar rapidamente quando as coisas não correm como esperado.

Phil Grifo
Gerente regional, Weir ESCO; Queensland, Austrália

"Você pode fazer tudo certo e, ainda assim, perder. Não desista."

Phil Grifo diz que ser adaptável e ágil o ajudou muito ao longo de sua carreira, incluindo 10 anos na Weir. "Acho que adotei intuitivamente o conceito do "fail fast" ao longo dos anos", diz ele. "Trata-se de ser adaptável e refinar um conjunto de habilidades que permitam que você aprenda com a experiência."

Ele destaca a relação simbiótica entre falha e aprendizado. "Quando somos crianças, todos nós precisamos aprender a andar e falar. É um processo baseado em falhas. Não temos medo no início, mas aprendemos a ter medo de falhar à medida que avançamos. Ficamos condicionados ao medo de falhar e isso pode nos paralisar se o permitirmos."

Com base em sua experiência, Phil diz que é possível achar que você fez tudo corretamente – empregou o tempo, maximizou a contribuição de todos os departamentos e detalhou perfeitamente sua proposta de valor – mas, ainda assim, perder um projeto.

"Fatores táticos como preço, prazo de entrega, suporte ou obstáculos submersos – como relacionamentos ou histórias que você não descobriu – podem contribuir", acrescenta. "Leva tempo e uma boa rede de contatos para definir esses fatores, mas não há garantias de que você possa superá-los.

"Meu conselho, especialmente para os aspirantes a líderes, é não hesitar", diz ele. "O setor de mineração espera que você falhe de vez em quando e julga a sua recuperação. O que vejo acontecer com frequência é que as equipes que continuam tentando e permanecem próximas do cliente, após falharem, estarão em melhor posição em longo prazo."

Luke Trainor
Engenheiro de serviços de campo, Weir Motion Metrics; Vancouver, Canadá

"Nunca há uma causa perdida. Algo sempre surge dela - dados, relacionamentos, aprendizado."

O engenheiro de serviços de campo, Luke Trainor, é responsável pelo comissionamento de sistemas avançados de monitoramento em minas globais. É seu trabalho garantir que tudo o que é necessário para a instalação chegue e seja configurado corretamente.

Porém, Luke destaca: "Na indústria de tecnologia de mineração, nada vai conforme o planejado. Ao desenvolver novos softwares e produtos, nosso trabalho é lidar com falhas diariamente e encontrar soluções. Este é o conceito do "fail fast", que chamamos de "falhar rápido"."

Ele diz que sua filosofia é planejar para o melhor, mas se preparar para o pior.

Exemplo de caso: Luke estava trabalhando com uma instalação em uma unidade do cliente na Austrália. Ele e a equipe acreditavam que se prepararam até o último detalhe, incluindo a antecipação de possíveis problemas. Ao chegar ao local, não havia internet. Além disso, a escavadeira que deveria fazer parte do sistema estava em um local remoto, sem cobertura de telefonia celular.

Luke e o operador da mina passaram dois dias tentando comissionar com sucesso o sistema. Eles passaram a se conhecer melhor e se tornaram uma equipe unida para resolver o problema. "Aprendi que você nunca está sozinho", diz Luke. "A falha cria oportunidades para construir relacionamentos fortes e resolver problemas juntos."

Mark Doucette
Gerente executivo de RH, Weir ESCO; Newton, Mississippi, EUA

"Falhar rápido é se libertar de seus medos."

O gerente executivo de RH, Mark Doucette, acredita que falhar é uma parte normal do aprendizado. "Tenho uma placa na minha mesa que diz: 'Às vezes você ganha e às vezes você aprende.' Esse é o meu lema."

"Às vezes você tem que entrar de cabeça quando não tem todas as respostas", acrescenta. "Pode ser que não haja uma maneira de se preparar totalmente. Você faz o seu melhor e sabe que haverá coisas para aprender."

Um desses eventos aconteceu no passado na carreira de Mark, quando ele trabalhou na equipe de devida diligência para uma aquisição. Mark diz que seguiu a lista de devida diligência e fez todas as coisas mecânicas corretamente, mas ainda assim falhou.

"Entrei e disse: 'Vocês vão amar a nossa empresa.' Mas não era assim que os funcionários estavam se sentindo sobre a aquisição. Eles estavam bravos e com medo. Aprendi que não se trata apenas das coisas na lista – a forma como os funcionários se sentem afeta o sucesso de uma organização."

Mark prometeu a si mesmo que adotaria uma abordagem diferente caso surgisse outra oportunidade. Ele foi capaz de aplicar seus aprendizados durante a aquisição da ESCO pela Weir em 2018.

Sophia Piche
Gerente técnica de projetos, Weir Motion Metrics; Vancouver, Canadá

“Simplesmente faça algo. Construa ou conecte algo. Veja o que funciona. Não pense demais sobre isso.”

Sophia Piche gosta de ter tudo bem organizado. Como gerente técnica de projetos da Weir Motion Metrics, ela se descreve como uma planejadora, uma pessoa que está definitivamente em sua zona de conforto quando tem confiança nos detalhes.

No entanto, "Aprendi a falhar rápido agindo", diz ela. "É quando você encontra as soluções de verdade ou os problemas reais a serem resolvidos. Aprendi a dividir um projeto em partes menores, que não assustam tanto – fazer as coisas em pequenas partes, ver o que funciona e construir a partir daí."

Uma das coisas que ela fez para aumentar seu nível de confiança foi participar em fins de semana de startups, eventos onde qualquer pessoa pode desenvolver e apresentar novas ideias de startups. Os participantes se unem para criar um produto, um modelo de negócios, um protótipo e realizar a validação de mercado e, em seguida, apresentar o negócio. O evento dinâmico pode revelar a ideia mais bem-concebida, geralmente resultando em uma importante inovação.

"É desconfortável para mim, mas eu me obrigo a fazer isso", diz Sophia. "Qualquer falha hoje é uma lição construtiva para o amanhã."

Wanxue Du
Supervisor técnico, Weir ESCO; Xuzhou, China

"A falha é algo valiosíssimo para mim. É um pouco de perda, mas me ensina experiência."

Wanxue Du, um engenheiro em treinamento, diz que a falha é um ativo muito valioso para ele. "Sempre há muitas falhas no caminho para o sucesso. O maior ganho que obtenho com as falhas é que elas me permitem refletir e resumir constantemente, e depois experimentar novas ideias e métodos até obter o resultado desejado, até que o problema seja resolvido."

Por exemplo, Wanxue, que trabalha na fundição da Weir ESCO em Xuzhou, China, estava "trabalhando para reduzir a inclusão de areia em uma peça fundida específica". "Achei que sabia a causa raiz. Fiz testes e acreditei que poderia resolver", diz ele. "No entanto, o resultado ainda foi ruim."

Sem desistir, Wanxue analisou novamente a falha e aplicou os "5 Porquês", uma técnica simples que permite que uma pessoa chegue à causa raiz de um problema fazendo a pergunta "por que" cinco vezes. Usando essa técnica, "Eu concluí que a ação estava correta, mas a maneira de realizar a ação estava errada", ele compartilha.

Wanxue sugere que, para aprender a se sentir à vontade com o conceito do "fail fast", os engenheiros mais inexperientes devem "parar e fazer uma conclusão" imediatamente ao enfrentar a falha. Usar ferramentas como os "5 Porquês" e o PDCA (o método de planejar-fazer-verificar-agir para realizar mudanças) pode ser útil.